Vem de "tão longe" (Macau é longe, não é?) como a entrevista concedida ao extinto "Independente" (28/10/2005) pelo Dr. José António Barreiros...
O Advogado José António Barreiros quebra um silêncio de 16 anos e aceita falar sobre como demitiu, em Macau, o actual ministro da Justiça, na sequência de tentativas de pressão sobre um juiz feitas por Alberto Costa.
QUISERAM PARA MINISTRO QUEM EU NÃO QUIS PARA DIRECTOR DE SERVIÇOS
- Qual a razão verdadeira por que demitiu Alberto Costa em 1988 do cargo que ele desempenhava em Macau, director dos Assuntos de Justiça?
A razão verdadeira é a que está escrita. Achei que estava quebrada a confiança pessoal,profissional e política na pessoa dele e que a Administração Pública de Macau não podia conviver com um tal dirigente, que tinha tido uma "conduta imprópria" como a dele. Isto mesmo face aos critérios de Macau.
- Mas o governador Carlos Melancia revogou o seu despacho.
É verdade, mas não na parte em que o demitia, só na parte em que eu dizia por que o tinha demitido. Foi uma situação única, caricata, mas sintomática. O governador parecia incomodado com o que eu dizia no despacho de demissão. Mas o que eu escrevi na fundamentação do meu despacho foi a mera cópia do que concluiu o inquérito disciplinar que ele próprio mandou instaurar: que Alberto Costa tinha contactado o juiz, à revelia da tutela, alegadamente para o elucidar sobre os aspectos técnico-jurídicos e económicos do caso; e esclarecimentos que, em seu entender, justificariam uma revisão da sua decisão ou decisões sobre a situação prisional dos arguidos e, eventualmente, a sua cessação e subsequente soltura.
- E porque haveria o governador de estar incomodado, a ponto de se dar ao trabalho de revogar a fundamentação do seu despacho, mesmo não revogando o despacho?
É uma longa história. Mas uma coisa boa resultou para Alberto Costa desta actuação bizarra do governador: que ele, recorrendo para os tribunais administrativos do despacho do governador, que o demitia sem fundamentação, ganhasse a causa, com razão, e fosse contemplado com uma lauta indemnização. Bem lhe pode agradecer.
- Mas de que história se tratava?
A história que toda a gente veio a conhecer e com a qual ninguém se incomodou: o processo em causa desembocava, então, nos meandros da aquisição pela empresa Emaudio de uma participação no milionário negócio da televisão de Macau. Ora, se pensarmos em quem eram os sócios da Emaudio, os interessados e os beneficiários no negócio...
- E quem são?
Não me peça pormenores. Tudo isso faz parte de uma história a que ninguém quis ligar, em que todos, hipocritamente, viraram a cara para o lado. Digamos, o senhor Robert Maxwell, que está sepultado no Monte das Oliveiras, em Israel, e os seus amigos portugueses. Grandes amigos e amigos grandes.
- Envolvendo...
Envolvendo quem estava no negócio e todos aqueles que tinham a obrigação de se terem preocupado com essas e outras questões que vieram a seguir e que as deixaram passar em claro, mesmo quando foram escândalo público. Eles estão aí.
- Acha que Alberto Costa estava ao serviço desses interesses?
Não tenho que achar o que ninguém achou. Ele disse que tinha ido falar com o juiz para esclarecimento técnico-jurídico recíproco, a nível académico, e sobretudo face a "perplexidades" de amigos dele, um dos quais, segundo ele denunciou, assessor da Presidência da República. Pelo que, no seu entender, tudo se passou numa base de amizade, confiança pessoal, etc.
- Mas o juiz não considerou isso...
Pelo menos na manhã seguinte queixou-se por escrito, por envolver um funcionário sob minha tutela. E tinha Costa ido, por duas vezes, como cidadão ou como director, falar com o juiz - não foi falar com um amigo mas sim com um juiz em funções - por causa de um processo-crime a seu cargo em que havia duas pessoas presas preventivamente. Aliás, o juiz não era amigo dele. Ele é que vinha por causa das "perplexidades" dos seus próprios "amigos". Enfim, eis uma curiosa maneira de considerar a magistratura: considerar normal que um dirigente da administração pública fale com juízes com processos com presos a cargo, para os fazer rever decisões nesses processos e depois dizer que isso foi feito a nível académico e a título particular. E foi isto o que sucedeu.
- Abandonou o PS por causa do caso Alberto Costa?
Sim. Escrevi uma carta a Vítor Constâncio, então secretário-geral, a relatar o que vi em Macau e, ao regressar, onde andavam muitos socialistas e ao que andavam. Nem tive resposta. Ou melhor: o chefe de gabinete dele respondeu-me a dizer que o PS "nada tinha a ver com Macau"! Hilariante.
- E o PS tinha a ver com isso?
Não sei se deva confundir o PS com os negócios, os interesses e as ambições de certas pessoas, por mais bem colocadas que estivessem dentro do partido. O PS foi, aliás, o único partido em que estive, inscrito em 1974 por proposta de Francisco Salgado Zenha. Desde que saí não voltei nem voltarei a qualquer partido. Concorri a Sintra pelo PSD, mas como independente. E hoje estou a anos-luz da política e destes políticos.
- Mas ficou agastado com a história...
Não tinha que ficar. A consequência directa de ter demitido Alberto Costa foi ser demitido Pelo Presidente da República, Mário Soares, alegadamente a meu pedido. É verdade que foi a pedido: não queria continuar. Mas é também verdade que já ninguém me queria ali. Cada um de nós foi - desculpe o óbvio igual a si próprio. E não pense que tive orgulho no que fiz. Tive vergonha de ter de conviver com isto e de assistir ao que se seguiu.
- Mas o que se passou na realidade?
O inquérito disciplinar mandado instaurar pelo governador considerou que a conduta de Alberto Costa não integrava uma "pressão sobre magistrado", de onde não era fonte de responsabilidade disciplinar ou criminal mas uma simples "conduta imprópria" da parte dele. Claro que o hoje ministro tenta desvalorizar a conclusão do inquérito dizendo que é uma simples" opinião". Isto na parte em que diz ter sido uma conduta imprópria da sua parte, porque quanto ao resto - o não ser infracção disciplinar - já acha que é o seu certificado de boa conduta. Do que ninguém se livra é dos factos.
- Surpreende-o vê-lo agora ministro da Justiça?
Já poucas coisas me surpreendem. Mas, ao ter visto na altura que no rol de testemunhas de Alberto Costa no processo disciplinar estavam Jorge Sampaio, Jorge Coelho, Jaime Gama e António Vitorino, percebi logo o que ainda hoje entendo muito bem: aquele rapaz tinha futuro na política. Um grande futuro.
- Mas eram testemunhas abonatórias...
Claro, e numa fase em que o processo nem sequer acusação tinha. Eram pessoas que, segundo ele, podiam testemunhar o seu "perfil moral, profissional e cívico". Por isso indicou também dois juízes e um procurador-geral-adjunto.
- Quem?
Acha que isso interessa?.. Note, eu não quero confundir. Uma coisa são os amigos "perplexos" do dr. Costa, por causa dos quais ele foi falar com o juiz, outra as pessoas que se prestaram a ser citadas como testemunhas de carácter. Houve quem me escrevesse depois a explicar-se, alegando que não sabia ao que ia. Felizmente guardo tudo em lugar seguro, o pior dos quais ainda é a minha memória.
- Seja franco, pensa que ele tem perfil para ser ministro da Justiça?
Quiseram para ministro quem eu não quis para director de serviços. São critérios. Mas o problema não é ele ser ministro agora. O problema é ele ter sido deputado, ministro da Administração Interna e sei lá mais o quê. Acho que quem permite isso e com isso coexiste que responda. Eu respeitei-me, demitindo-o. Ponto final.
- Não pensa que isto está agora a ser agitado por causa da greve dos magistrados?
Não imagino o seu jornal ao serviço dos grevistas... Acho que isto preocupa muitos magistrados, o saberem o currículo do ministro que lhes coube desta, embora alguns "quadros" tenham uma postura mais complacente...
-Está a referir-se a quem?
Aos que gostam, a nível sindical, de negociar com dirigentes fracos ou enfraquecidos. Esses,quando dialogam com o poder, fingem ignorar os defeitos e exaltam mesmo discretamente alguma virtude, na mira do melhor para as suas reivindicações...
- Isto aconteceu há muito tempo...
Isso de Macau, pois a complacência com a criatura é de hoje. Pois foi. Aliás, curiosamente, no "site" do Ministério da Justiça, S. Exa. omite esta sua função de director do Gabinete dos Assuntos de Justiça em Macau, de que o demiti. No "site" do PS é que vem esta parte do seu currículo. Muito interessante, não acha?"
Hoje estive na Ass . da Republica. Para dizer verdade nunca tinha ido e sofri uma desilusão . Na televisão tal edificação aparece como enorme, como tal vamos com essa ilusão mas na realidade é um espaço pequeno em dimensão. Para dizer a verdade o hemiciclo é pequeno.
Apesar dessa desilusão a arquitectura é magnifica. Nos tectos tem um pormenor deveras interessante, tem os escudos de todas as grandes cidades portuguesas e das antigas provinciais ultramarinas.
Tive a sorte de ir num dia em que o Governo respondia no Parlamento, todas a intervenções são contabilizadas em termos de tempo, PS 9 minutos, PSD 9 minutos, CDS e PCP 7 minutos ( acho ), BE 5 Minutos e PEV 3 minutos.
Foi positivo esta visita pois só fiquei lá dentro 20 minutos porque tinha uma reunião inadiável , serviu para ver e para fazer este comentário. Siga.
Boas,
Quer gostemos quer não gostemos do PPD / PSD a importância de um partido na oposição ser forte é necessário visto que dá mais enfoque às politicas erradas que se vão cometendo e assim apresentando soluções e opinando. Quando o partido em questão está todo " partido " é impossível contribuir para o interesse publico pois está mais ocupado com quezílias internas do que em servir o pais.
Para o nosso Primeiro Ministro estas disputas internas no PPD / PSD é ouro sobre azul pois enquanto andam à luta não tem tempo para criticar quem merece ser criticado.
Analisando a questão interna do partido Laranja acho que para o bem desta nação é preciso antes demais acabar com as lutinhas internas e aceitar de vez que quem ganha é o líder e tem que ser apoiado em vez de ser criticado. Ganhou quem Eu não gosto mas vou apoiar para que o partido vá para a frente, nas próximas eleições logo se verá. Este é o pensamento que poderá alterar a estrutura do partido. O jet set tem que parar de pensar como prima donas e começar a trabalhar em função do interesse publico.
Agora com as eleições vamos assistir a mais uma luta de galos ao poleiro, o meu candidato preferido seria o Rui Rio mas concorrendo neste momento estaria a sacrificar o seu futuro politico, assim por exclusão de partes acho que a Manuela Ferreira Leite, com todas as suas desvantagens, será a melhor opção dos demais no sentido de servir de ponte para a futura liderança de Rui Rio.
Cumprimentos
Tou farto de blogs. Toda a gente tem um blog e quando vou ver a maior parte deles não tem conteúdo nenhum, serve para meia dúzia de tipos com a mania que sabem escrever colocarem umas ideias que julgam de sobremaneira inteligentes. Mais de metade deles falam do PPD /PSD, outros de historias de nada epa é demais. Tirando este blog mais nenhum serve os interesses da coltura deste Pais.
Para dizer a verdade acho que o volume de blogs sem conteúdo reflecte o vácuo cerebral deste pais. Epa comecem a escrever bem e sobre assuntos com interesse, por exemplo do Advogado que foi apanhado com anfetaminas à entrada da prisão, sobre o aumento do preço dos alimentos, do aumento do gasóleo , acerca do aquecimento global, da crise financeira mundial, da falência da Moderna, da crise do Tibete, da emergência da China como potencia mundial, esqueçam o PSD e outras coisas que tais que para isso há a Televisão para nos encher os ouvidos.
Cumprimentos
Numa sondagem publicada no correio da manhã, mostra-se que a maioria esta a favor da avaliação de professores mas simultaneamente acha que a ministra deve recuar.
A ministra decide algo que a maioria concorda, mas a maioria acha que a ministra não deve levar a medida a cabo, contraditório e incoerente.
É um exemplo da cultura politica e não só que há neste pais, ao género hay governo, soi contra, não é a ideia com que ficam as pessoas no meio do lixo informativo que é servido tendo o tema como pretexto.
Se um painel não consegue distinguir a sua opinião do frenesim mediático protagonizado pelos professores, e enquadra pontos de vista discordantes num mesmo olhar, que fará em 2009, no recolhimento das cabines de voto.
Um tribunal reduziu a pena a um homem que disparou sobre outro matando-o e atingido também uma mulher. Tudo se iniciou quando assassino e vitima discutiam politica, , terá dito o assassino, "a minha politica são a família os amigos e o trabalho" ao que a vitima responde com insultos chamando-o de salazarista e fascista e agredindo-o com uma garrafa.
Terminou a discussão começou a desgraça.
Há também ao minúsculo nível das freguesias gente que mantém aspirações politicas, as bases dos partidos, que utiliza a blogosfera para desfiar as suas alarvidades, se pouco fazem pelas suas comunidades comentam politica nacional confundindo imbecilidades com opinião. Há-os em todos os partidos, o que me faz tremer quando oiço que fulano de tal vai devolver o partido as bases...
Fruto disto surge o PSD, camalionico , produtor de soundbites sem impacto, onde a maioria vive iludida e engodada na ideia do tacho, com propostas para ganhar eleições, argumentação vazia e desafiante da inteligência , que nem o povo que concorda e discorda da ministra consegue enganar nem aqueles que resolvem diferendos de opinião politica à base da porrada consegue convencer.
Se lhes perguntarem: SIC ou TVI?, não teriam duvidas
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A distância não joga a favor da Ota, que fica a cerca de 48 km de Lisboa. A ligação entre a gare do Oriente e o futuro aeroporto irá demorar 17 minutos num comboio desenvolvido especificamente para esta ligação. Os terrenos disponíveis na Ota estão calculados em 1,8 mil hectares, onde serão construídas apenas duas pistas de 2700 metros. Esta é aliás uma das desvantagens apontadas para a Ota, o aeroporto não terá capacidade de expansão futura e esgota-se ao fim de 23 anos. Na altura voltará a colocar-se a questão que envolve actualmente a Portela. O envolvimento urbanístico existente na Ota é considerável, impedindo o seu alargamento. Os defensores do aeroporto na Ota consideram a solução "possível, mas não a ideal". E baseiam a sua escolha nas conclusões dos estudos de impacte ambiental, que chumbou Rio Frio. Outro dos argumentos contra a Ota prende-se com os problemas de construção civil, sendo necessário realizar grandes movimentações de terras, avaliada em cerca de 50 milhões de metros cúbico. Arménio Matias fez as contas e diz que a terra que terá de ser retirada do perímetro do aeroporto dá para "construir um muro ao longo da fronteira com Espanha de dez metros de altura por dez de espessura, ou um campo de futebol com cinco quilómetros de altura". Na Ota existem vários morros e o terreno é muito acidentado. A construção do futuro aeroporto implicará a construção de uma barragem de protecção à infraestrutura aeroportuária e o desvio de três ribeiras. As condições meteorológicas são piores que as existentes na zona Sul. Na Ota serão destruídos cerca de 5406 sobreiros, um valor menor face aos que teriam de ser abatidos em Rio Frio. O aeroporto da Ota ficará ligado à rede ferroviária através da linha do Norte e está previsto a passagem da linha de alta velocidade junto ao aeroporto. A especulação imobiliária nos terrenos envolventes, é um ponto negativo na Ota. |
Uma das folhas do processo, de que foi dada cópia ao PÚBLICO e lida na presença do reitor da UnI , indica que José Sócrates fez dez cadeiras semestrais no ISEL , no ano lectivo de 1994/95. E deixou 12 por fazer, antes de entrar para a Independente. Aqui, Sócrates concluiu cinco disciplinas.
Foi essa folha que terá servido para atestar a frequência das disciplinas no ISEL no processo de equivalência e matrícula da UnI , a 14 de Setembro de 1995. Só que a sua data é posterior: nas costas da fotocópia vê-se um carimbo, assinado pelo chefe de secção da secretaria do ISEL , "conforme o original arquivado", com data de 8 de Julho de 1996. Já o Boletim de Matrícula na UnI revela que, nessa ocasião, o único documento junto ao processo foi uma fotocópia do BI.
Se estes dois documentos são assinados e têm data, o mesmo não sucede com outras fotocópias. É o caso, por exemplo, do Plano de Equivalências de José Sócrates, sem qualquer timbre nem carimbo e onde se concretiza que cadeiras mereceram equivalência por parte da UnI . Ou do Pedido de Equivalência, uma folha não numerada (como todas as outras), onde apenas surge o nome José Sócrates Sousa, manuscrito pelo próprio, e o mapa de equivalências por ele proposto. Acresce que o número de cadeiras a que é requerida a equivalência, 25, tem menos uma cadeira do que o total das disciplinas a que José Sócrates viria de facto a obter equivalência no processo de transferência: 26. Por outro lado, o espaço onde o responsável do conselho pedagógico pelo processo deveria colocar a sua assinatura está em branco.
Documentos sem numeração
Não se sabendo a data em que foi entregue, consta também dos documentos consultados o requerimento em que José Sócrates pede o plano de curso da UnI e afirma enviar a relação das cadeiras que fez no ISEL . Sócrates ressalva, contudo, que o certificado do ISEL só o poderá entregar em Setembro, "pelo facto de algumas notas não estarem ainda lançadas". Calcula-se que o primeiro-ministro se estivesse a referir a Setembro de 1995, mas com essa data, ou outra aproximada, não se encontra qualquer certificado do ISEL . O primeiro-ministro despede-se apresentando os melhores cumprimentos, com "do seu José Sócrates" escrito à mão. O reitor disse não conhecer o primeiro-ministro antes de este ter frequentado a UnI .
Na resposta ao requerimento de José Sócrates, esta com data de 12 de Setembro de 1995, assinada pelo reitor, é atestada a recepção do requerimento e Luís Arouca indica já que a comissão científica da Faculdade de Ciências da Engenharia e Tecnologias deliberou "propor-lhe a frequência e conclusão das seguintes disciplinas do Plano de Estudos de Engenharia Civil: Análise de Estruturas, Betão Armado e Pré-Esforçado, Estruturas Especiais e Projecto e Dissertação". De fora ficou, "por falha", segundo Luís Arouca, a cadeira de Inglês Técnico.
Por fim, existem duas folhas avulsas, aparentemente folhas de rosto, que não se percebe a que se referem. Uma, com cabeçalho do gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ambiente, é um fax dirigido a Luís Arouca e aparenta ser uma folha de rosto. Na zona do texto, José Sócrates escreveu: "Caro Professor, aqui lhe mando os dois decretos (o de 1995 fundamentalmente) responsáveis pelo meu actual desconsolo."
Luís Arouca afirmou ao PÚBLICO não se lembrar a que se referia o primeiro-ministro. O reitor insistiu, ainda, que não existem mais documentos sobre José Sócrates naquela instituição. "As fichas de cada aluno já ninguém sabe delas. Nos primeiros anos, a nota final é acompanhada com fundamento, depois é deitada fora", concretizou. Sobre o registo do pagamento de propinas, a resposta foi semelhante. "Ao fim de cinco anos, vai tudo para o maneta." Por fim, confrontado com o facto de as folhas do processo não estarem numeradas, o reitor afirmou: "A numeração importa. Mas nem sempre se numera."
O certificado de habilitações, assinado pela chefe dos serviços administrativos, Mafalda Arouca, e pelo reitor, Luís Arouca, indica ainda que o curso foi concluído a 8 de Setembro de 1996, com média final de 14 valores.
Qualquer pessoa com dois palmos de testa já se deve ter apercebido o que é a politica, jogos, esquemas, tricas mais ou menos habilidosas, avanços e recuos propaganda e desinformação, misturado tudo com muita aldrabice e descaramento, e eu pelo menos pensava que não era politico quem queria, mas sim quem o conseguia.
Aparentemente não, basta mesmo querer.
Normalmente, faz parte do trabalho de um politico discutir com os seus colegas e assessores , quais as declarações que presta à comunicação social, prever quais as questões que podem vir a ser colocadas, quais as mais sensíveis , de uma forma geral controlar o impacto que estas têm e saber esclarecer quais as intenções do seu grupo, ao tomar ou opor-se a esta ou aquela medida.
Sabemos todos de antemão que o politico nunca diz o que pensa o que diz é de acordo com o interesse especifico daquilo que quer comunicar, e procura omitir tudo aquilo que lhe pode causar má imagem ou causar um impacto negativo.
Sabemos que todo o politico quer votos, por isso bajula o publico. Na oposição criticando medidas que até concorda, produzindo demagogia, elogiando o auditório enaltecendo as suas virtudes "os portugueses saberão a forma com que ultrapassar a crise". No governo queixando-se da pesada herança que recebeu e que as reformas e medidas que tomam são no melhor interesse de todos. Em eleições prometendo mundos e fundos.
Sabemos sobretudo que os políticos mentem, portanto
Quando nos aparece um politico que diz o que lhe vem à cabeça, não esta preparado para reagir explicando o que quis dizer, ofende o eleitorado e sobretudo diz a verdade, confundindo assim os portugueses.
Temos um ministro que já decretou o fim da crise, no mesmo dia declarou que seria infantil decretar o fim da crise, pela pessoa de um seu secretario de estado disse que a culpa dos aumentos de 15% da electricidade é do consumidor, diz que se ganha pouco em Portugal e isso é bom, é uma vantagem, que os sindicatos são uma força de bloqueio e já agora que foi apanhado quase a 200, porque "estava com pressa", é claro que não sabemos como reagir.
Afinal parece que temos mesmo incompetentes no Governo. Um politico é ministro não porque o conseguiu, mas apenas por obra do acaso.
O pais vai mal e se ainda há quem não saiba porquê fiquem-se com isto.
Recentemente 400 restaurantes em Portugal foram apanhados pelo fisco em plena fuga aos impostos, IVA e IRC, utilizando para efectuar a popular pratica um programa de computador que adulterava a facturação , este programa perfeitamente legal era instalado sacando-se depois da net um programa que corria por cima e levava a cabo a marosca, levava, não leva. 90% dos bares e restaurantes neste jardim utiliza programas como este, sem os quais muitas empresas não apresentariam lucros e teriam de fechar a porta.
Mas nem tudo vai mal.
A produção industrial aumentou 5.5% no ano que agora passou, o pais poupou 500 000 000 de euros em petróleo principalmente devido a quebra da procura de óleos de aquecimento, a Coca-Cola vai fazer um investimento de 2 200 000 euros só em marketing e dos 38 000 mediadores de seguros em Portugal ganhou comissões superiores a 10 000 euros.
Por outro lado.
A ponte dos funcionários públicos de dia 26 de Dezembro custou só em salários 80 000 000 de euros estando ainda por contabilizar os prejuízos de os serviços terem estado fechados nesse dia e o seu impacto na economia nacional. O referendo ao aborto vai custar 10 000 000 de euros ao erário publico, sendo que 2 000 000 são para imprimir boletins, 4 000 000 são para pagar ao pessoal que vai ficar nas mesas de voto, e 4 000 000 para financiar os movimentos pelo sim e pelo não, e a quebra na venda de automóveis novos foi de 5.1%, e o comercio entre Portugal e o Brasil aumentou 42%, isto não seria mau se não tivessem aumentado mais as importações do que as exportações para o Brasil e se não se soubesse que as exportações são de 236 000 000 e as importações de 1 100 000 000.
No meio disto sempre há quem se vai safando.
A banca faz os aumentos da Euribor reflectir-se nos contratos de credito mais rapidamente e vai-se furtando na remuneração dos depósitos a prazo, a REN recebeu uma resposta positiva a um pedido de isenção de pagamento ao fisco, e em Espanha a taxa de desemprego baixou 3.8%, são menos 80 000 desempregados em Espanha e a maioria dos carros do estado provem de apreensões .
Assim vão as coisas neste nosso jardim. A uns são pedidos sacrifícios , enquanto se vai gastando os nossos impostos alegremente, outros para se safarem não querem pagar outros não se importam porque tem de sobra para gastar, e há aqueles que sempre que podem vem-nos aos bolsos e sempre que entra dinheiro é menos do que o que sai
E pronto é assim, meditem.
Estamos a chegar ao fim de mais um ano. O 2006 vai ficar caracterizado pelas numerosas falências e da mudança de grandes grupos para outros países . Porque razão tal aconteceu?
Os incentivos fiscais acabaram assim como os contratos de produção. Tudo tem um fim e correctamente os Empresários vão para outro pais onde tenham condições mais aliciantes de investimento, Eu faria o mesmo. Também vão à procura de países com Ivas mais baixos e de mercados mais virgens.
Podem dizer que o nosso Governo devia ter feito outros negócios para puxar investimento para Portugal mas quem quer investir neste pais? Só um otário. Têm a Eslováquia que tem um ordenado mínimo inferior ao nosso e o grau de eficiência e de educação é mil vezes superior. Ainda por cima fica no centro da Europa.
Mas a resposta ao grande problema que se está a revelar provêm do pensamento generalizado que existe nos empregados. Vivem em função de um contrato de efectividade, trabalham que nem uns cães para o sacarem e quando o tem na mão ficam a viver à sombra da bananeira. Costumo ouvir dizer, comeste-me a carne agora comes-me os ossos. Começa a bandalheira, deixa de haver responsabilidade e de haver produção. Claro que há excepções . Nos grandes países este tipo de organização laboral não existe. Não há contratos vitalícios por isso não há parasitismo, há produção . Os bons trabalham e muitos deles são Portugueses que cá eram um parasitas e lá fora trabalham a sério, são produtivos. O sistema de trabalho de Portugal tem que convergir para o existente nos grandes paises , peca é pelo atraso.
Chega o principio do ano e sabem qual a primeira coisa que muitos funcionários deste pais fazem? Vão buscar um calendário para verem os feriados e as pontes para marcarem as ferias. Onde se vê isto? Com este pensamento não vamos a lado nenhum. Admito que muita gente não quer esforçar-se porque não se sente recompensada. O problema é que se não alterarem a maneira de pensar este pais não anda para a frente. Se Eu fosse estrangeiro nunca investiria neste pais, é só pontes, é só greves, é só sindicatos, é só parasitagem , assim nunca.
Já viram a quantidade de sindicatos que existem? Imensos. Ainda por cima só lixam o funcionário, vão fazer greves, não ganham o ordenado e o sindicato não os compensa em nada. Na Alemanha (podia dar outro exemplo) raramente há uma greve, mas se tal acontecer sabem quem paga o dia de trabalho? o Sindicato, à pois é e cá descontam para que? Para que os dirigentes dos sindicatos parasitem.
Para que Portugal ande para a frente e estamos com pequenos sinais que tal irá acontecer, é preciso que deixemos de nos acomodar de nos encostar. Temos que nos esforçar mais.
A mentalidade portuguesa tem que mudar, deixámos o Marxismo, vivemos num capitalismo desenfreado e temos que nos adaptar, apesar de ser dificil , sob risco de desaparecermos. Para tal acho que o Governo tem de canalizar o maximo de recursos para a Educação pois esta mentalidade tem que ser alterada.
O meu desejo para 2007 é que todos se esforcem mais.
Admito que as medidas que o governo está a tomar são necessárias para tentar endireitar este paraíso à beira mar plantado, a questão é que pecam pelo atraso ( dez anos no mínimo ) e pela violência . Somos um pais que anda atrás dos outros e passámos directamente do sector primário para o terciário ao contrario da maior parte dos países civilizados. Este facto originou que não tenhamos adquirido os hábitos de consumo o que origina que não saibamos fazer bem as contas e gerir bem o orçamento. Os pequenos e médios empresários sempre viveram no deixa andar e de um dia para o outro entra um governo que quer endireitar isto nuns três anos enquanto isto precisa de vinte para atingir os patamares exigidos. É inspecções sobre os coitados que claro tem muita coisa não certa mas por culpa de quem? por culpa dos anteriores governos que deixaram esta republica das bananas ficar no estado de demência total. Se o Estado continuar a controlar tudo como tem feito e não desapertar um pouco o cinto acreditem que isto vai estourar e as poucas pequenas e medias empresas que estão a dar lucro irão fechar. Vamos na rua é só lojas fechadas, tudo falido, tudo estoirado parecem cidades fantasmas, reparem. Ainda há pouco tempo tudo funcionava.
Ontem estive nas finanças a resolver problemas e desabafei com uma funcionaria, estava indignado pois para resolver uma coisa simples tinha que levar meu contabilista e a senhora concordou que isto parece um campo de concentração , as malhas a apertarem e nós enredados nesta teia fina onde cada vez mais trabalhamos só para pagar os impostos e o que sobra serve para pagar as multas e demais confusoes que advêm deste apertão tão forte. As regras são necessárias mas tem que se analisar o Pais e os hábitos que existem, para se tomarem certas medidas é necessário algum tempo.
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