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A distância não joga a favor da Ota, que fica a cerca de 48 km de Lisboa. A ligação entre a gare do Oriente e o futuro aeroporto irá demorar 17 minutos num comboio desenvolvido especificamente para esta ligação. Os terrenos disponíveis na Ota estão calculados em 1,8 mil hectares, onde serão construídas apenas duas pistas de 2700 metros. Esta é aliás uma das desvantagens apontadas para a Ota, o aeroporto não terá capacidade de expansão futura e esgota-se ao fim de 23 anos. Na altura voltará a colocar-se a questão que envolve actualmente a Portela. O envolvimento urbanístico existente na Ota é considerável, impedindo o seu alargamento. Os defensores do aeroporto na Ota consideram a solução "possível, mas não a ideal". E baseiam a sua escolha nas conclusões dos estudos de impacte ambiental, que chumbou Rio Frio. Outro dos argumentos contra a Ota prende-se com os problemas de construção civil, sendo necessário realizar grandes movimentações de terras, avaliada em cerca de 50 milhões de metros cúbico. Arménio Matias fez as contas e diz que a terra que terá de ser retirada do perímetro do aeroporto dá para "construir um muro ao longo da fronteira com Espanha de dez metros de altura por dez de espessura, ou um campo de futebol com cinco quilómetros de altura". Na Ota existem vários morros e o terreno é muito acidentado. A construção do futuro aeroporto implicará a construção de uma barragem de protecção à infraestrutura aeroportuária e o desvio de três ribeiras. As condições meteorológicas são piores que as existentes na zona Sul. Na Ota serão destruídos cerca de 5406 sobreiros, um valor menor face aos que teriam de ser abatidos em Rio Frio. O aeroporto da Ota ficará ligado à rede ferroviária através da linha do Norte e está previsto a passagem da linha de alta velocidade junto ao aeroporto. A especulação imobiliária nos terrenos envolventes, é um ponto negativo na Ota. |
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