Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, nos últimos 20 anos, Portugal caracteriza-se pelo decréscimo da taxa de natalidade tendo passado de uma média de 12,2 para 10 crianças por cada mil habitantes. Por outro lado, entre 1987 e 2006 as mulheres portuguesas tiveram cada menos filhos e mais tarde.

Com o decréscimo da taxa de natalidade e o aumento da longevidade a população portuguesa está a envelhecer tendo a proporção de jovens passado de 22 por cento em 1987 para 15 por cento em 2006.

Estes dados não me espantam mas preocupam. O problema é a falta de estabilidade que os jovens encontram para constituir família . Como querem que um tipo que ganhe 500 euros e ela 450 consigam constituir família ?
As contas são fáceis de fazer, pagam 500 euros para a casa e ficam com 450 para sobreviverem, é esta a realidade de uma percentagem bastante elevada de portugueses com idade na casa dos 30, uma idade que já exigia uma estabilidade a todos os níveis , daí que origine que cada vez se tenha filhos mais tarde pois para os ter é necessário uma estabilidade difícil de alcançar.
Com contratos de 6 meses e com pouca qualificação profissional quem pode arriscar num projecto a longo prazo? Como por exemplo ter um filho. Ninguém .
Agora veio o nosso " Enginheiro " com ideias para aumentar o abono de família durante um tempo mas não acredito que vá dinamizar o crescimento demográfico.
Primeiro tem que se criar melhores condições a nível de crescimento financeiro para que as famílias não fiquem com a corda na garganta, em seguida mentalizar que cada um tem que viver com o que tem e não deve ter projectos elevados se não os consegue alcançar,  recorrer ao crédito actualmente é um suicídio pois as taxa se juro variam loucamente. A única divida que se deve ter é a casa pois é obrigatória e controlar os aumentos já é uma grande dificuldade.
Assim vamos continuar a envelhecer e qualquer dia ter um filho será um luxo, pois para o manter é um endividamento constante.
Esperança..........